quinta-feira, dezembro 15, 2005

Viver a Vida


A vida é apenas uma. Viver é errar. Quando erramos, temos más experiências. Será esta a melhor maneira de enfrentar a vida? Atravessando esta tempestade, ou melhor, estas tempestades consecutivas de erros e experiências mal sucedidas? Não... A vida é algo mais... A vida é querer ser feliz. Mas o que é a felicidade, no fim de contas? É estar sempre com um sorriso nos lábios?! Ou é estar cheio de dinheiro nos bolsos ( o que todos querem), com uma bebida na mão e a outra num ombro de alguém que acabamos de conhecer e de quem não sabemos nada, a não ser que no dia seguinte, já não nos vamos lembrar do que fizemos e de quem era essa pessoa. Não... Também não pode ser isto. A vida é sofrer... É um pouco triste, mas é essa a verdade. A vida dói. E como, tal como um grande amigo meu disse um dia destes, vivemos num mundo egoísta. Deixemos os nossos egoísmos de parte. A vida é não ser egoísta. E é acima de tudo, darmos o nosso sofrimento aos outros de quem gostamos. A vida é vermos o raiar de um sorriso nas pessoas de quem realmente gostamos. É ver, por exemplo, um filho a dar o primeiro passo e partilhar a nossa intimidade com alguém. É ter alguém que ria das nossas fraquezas e que nos catapulte para darmos o melhor de nós. Estes momentos são aqueles que fazem a verdadeira felicidade. Pois viver não é (apenas) errar. Viver é amar. Amar é saber estar. Saber estar é viver a vida.

A Dúvida


Existem diversos estados e espírito que podemos ter, mas aquele que mais nos consome ao ponto de chegar inclusivamente à destruição é a dúvida. A dúvida é aquilo que sentimos quando temos expectativas de alguma coisa. Dizem que para fazermos desaparecer as nossas dúvidas, temos que encarar a vida de frente, mas... Nem sempre isso sucede assim. Poderia fazer um longo relato de dúvidas e tentar compreender através delas o que estava mal, mas... O que importa é não deixarmos a dúvida tomar conta de nós, não é? Não sermos donos de nós próprios é o pior que pode haver. Por mais difícil que possa ser, temos que dominar-nos, colocar a dúvida de parte, até que finalmente haja oportunidade de ela desaparecer.
A dúvida... Será k...?! Mas e se.... Não... E quando aquilo............
Nada disso! Vamos lá... O quê?
Bem, também estou com dúvidas... Vou colocá-las de parte.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Dêem-me asas


Deitado debaixo da densa folhagem de uma árvore, completamente encoberto pela sombra, invisível a quem quer que por ali passasse, devido à forte intensidade da luz proveniente do sol, comecei a sonhar.
Observando o céu pelos poucos espaços existentes entre as folhas acima de mim, vi uma imensidão azul, um azul a que estamos todos habituados a olhar, mas que nem sempre vemos.
Senti-me a subir, mais leve que uma pluma para o céu... As folhas desapareceram e só via o azul celeste, como se a minha visão não abarcasse mais nada. Parecia que ali ia ficar para o resto da eternidade...
Subitamente, tocado pela brisa fria do fim de tarde, acordei do transe em que me encontrava e, num idílico anoitecer de tons alaranjados e arroxeados, vi bandos de pássaros voando e cruzando os ares, sua pertença natural, como que mostrando toda a sua liberdade e troçando de algo tão atrasado como um ser humano.
Se ser humano é inventar a nossa própria destruição, pois como alguns dizem, certas espécies surgem para o fim da destruição e consequente início de um novo ciclo... Não quero ser humano! Tal como o milhafre, tal como o canário, a rola ou o melro, quero voar... Dêem-me asas!!

segunda-feira, dezembro 05, 2005

A vida como... por vezes ela é


Por vezes, surgem coisas na nossa vida... Umas boas, outras menos boas e... outras mesmo más.
Triste é kd não aproveitamos as coisas boas e as transformamos em coisas más...
Somos considerados pessoas de garra, quando conseguimos transformar coisas más em coisas boas. Mas na maioria das vezes, isto não acontece... Sem notarmos, algo acontece, sente-se um força enorme, mas temos uma cegueira que nos faz querer alcançar um sonho... Um coração que se torna muito forte...
Porém, quando a sorte nos abandona, agimos sem pensar e depois, sem conhecermos os resultados, tentamos corrigir e fazemos pior. Atravessamos algo que é bastante pior, quando isto acontece, pois não sabemos no que erramos. Se voltarmos a ter sorte, teremos um dia para perceber isto... Se não, viveremos permanentemente na dúvida. Mas tentemos não cometer de novo os mesmos erros... Porque é para isso que eles existem... Para aprendermos.

sexta-feira, dezembro 02, 2005

O Mar


Queiramos ou não, o mar é muito de extremos, tal como nós: umas vezes o nosso estado de espírito é semelhante; noutras, é completamente antagónico.Quem não sabe, que em companhia de alguém, parece que o mar é nosso, um objecto que partilhamos, esteja calmo ou tempestuoso, algo tão grande como o amor que se nutre por essa pessoa.Vejamos o reverso da medalha: esteja sozinho perante o maior elemento do nosso mundo e verá que ele o faz sentir solitário, mas demonstra confiança para conhecer os seus segredos, nos quais está a pensar. Fonte de inspiração e de riqueza, traz-nos secessivas vagas, umas que nem se sentem.... Outras que parecem querer-nos destruir... Mas ele está sempre lá... Sempre pronto para o reencontrar, no dia seguinte, cheio de fidelidade, qual conselheiro mudo que tanto está ao pé de nós, como se estende para muitas outras pessoas.Mas o mar é egoísta... Esconde os seus segredos e os de todas as pessoas, os seus problemas, o mal que lhe fazem... Talvez por isso se torne, por vezes aquele inimigo terrível que muitas zonas costeiras temem.Olhe para o mar com outros olhos: mas veja-o naquilo que ele é: um ser de mistério e pleno de emoções.